É com profunda tristeza, depois de um ano a todos os níveis enriquecedor; fundamentalmente pelo excelente grupo de jovens atletas que comigo trabalharam, mas também pelo inesgotável apoio dos pais, inexcedíveis no acompanhamento e na colaboração prestada, que deixo o projecto de formação do Vilaverdense F.C / Proviver.
Fui surpreendido pela decisão de dispensa que me foi comunicada pelo Coordenador. Da sua responsabilidade, depois da Direcção da Empresa Municipal ter definido novas linhas orientadoras para o projecto e que, por aquilo me foi explicado, passam por contenção de despesas; reduzindo o número de professores, aumentando o número de alunos por turma e por consequência diminuindo o número de equipas em competição.
Ouvi sempre por parte daqueles que gerem os destinos da empresa um discurso orientado para a excelência, que conduziria a médio prazo a formação em futebol a um patamar elevado e de referência. A constituição de uma verdadeira escola de futebol, orientada por princípios e enunciados pedagógicos claros, propiciadora de uma formação integral do individuo.
Acreditei, apesar das muitas vicissitudes que fui encontrando neste primeiro ano, que este projecto tinha “pernas para andar”.
Sendo certo que a minha desilusão pessoal é enorme, uma vez que abracei com muita energia e confiança esta nova etapa da minha carreira profissional, não deixo apesar disso, e passado o choque da surpresa, de manifestar aqui neste blog que me foi pedido concretizar, mas para o qual não recebi nunca o apoio de ninguém, inclusive dos meus pares, a minha estranheza perante esta “política” economicista”, contrária a tudo aquilo que tem a ver com investimento em formação, em educação.
Sabem aqueles que estudam e se preocupam com estas questões, que os frutos de qualquer investimento em termos de educação, são colhidos após a consolidação de estruturas, de pressupostos, mediante uma planificação rigorosa, necessariamente aferida e avaliada.
Esses resultados demoram um tempo médio ou mesmo longo a mostrar a sua face. Pelo caminho terá sempre que ser tomada em linha de conta a competência profissional dos diversos intervenientes.
Ora, é aqui que a “porca torce o rabo”…
A Proviver E.M., define um perfil de formador, que a meu ver é contrário ao discurso oficial, pois pretende utilizar nos seus quadros, professores recém-licenciados, que já colaboram com a empresa ao nível das Actividades de Enriquecimento Curricular, de baixo custo, e quase nula experiência pedagógica.
Nada tenho contra os colegas mais novos. Não enfermo de qualquer preconceito, e só encontrei amizade e simpatia em todos eles. Mas então, deixem-se de discursos inflamados de excelência, de elogiar os quadros competentes de que dispõe, porque estes ainda estão em processo de formação, muitos não sabem sequer o que é leccionar: nunca viveram as agruras do ensino público e das suas vicissitudes, nunca integraram um Departamento, nunca planificaram uma aula. Estão verdes como este projecto.
Tenho 41 anos, trabalhei muitos anos como jornalista antes de me formar. Fartei-me de ver politiquices nestas coisas. Não sei como fui cair neste logro…
Deixo ao Coordenador “Pedagógico”, professor Luís Pereira, uma última palavra: Na vida aprende-se com os erros, e podem-se cometer todos os erros. Erros grandes e pequenos, mas cada vez menos…
Era mais ou menos isto que dizia num livro de português da minha adolescência. Espero que na tua caminhada, que és ainda um jovem, aprendas a distinguir entre trabalho e “cognac”, entre a amizade verdadeira e a interesseira, a que se esconde nos amigos de circunstância, sempre prontos para a bajulação.
Reconheço que errei em relação a ti. Não em termos de avaliação da tua personalidade, porque me pareces integro, mas por não te ter muitas vezes de forma frontal apontado os erros. A ti directamente, e não aos teus superiores, como me foi sugerido por um deles, quando a minha cabeça já estava no cepo.
Sem mágoa, mas com profunda desilusão, porque sempre estive do teu lado como sabes, desejo-te sorte.
Até ao dia em que seja a tua cabeça a rolar e percebas finalmente a minha tristeza e daquilo que estou a falar…
Fui surpreendido pela decisão de dispensa que me foi comunicada pelo Coordenador. Da sua responsabilidade, depois da Direcção da Empresa Municipal ter definido novas linhas orientadoras para o projecto e que, por aquilo me foi explicado, passam por contenção de despesas; reduzindo o número de professores, aumentando o número de alunos por turma e por consequência diminuindo o número de equipas em competição.
Ouvi sempre por parte daqueles que gerem os destinos da empresa um discurso orientado para a excelência, que conduziria a médio prazo a formação em futebol a um patamar elevado e de referência. A constituição de uma verdadeira escola de futebol, orientada por princípios e enunciados pedagógicos claros, propiciadora de uma formação integral do individuo.
Acreditei, apesar das muitas vicissitudes que fui encontrando neste primeiro ano, que este projecto tinha “pernas para andar”.
Sendo certo que a minha desilusão pessoal é enorme, uma vez que abracei com muita energia e confiança esta nova etapa da minha carreira profissional, não deixo apesar disso, e passado o choque da surpresa, de manifestar aqui neste blog que me foi pedido concretizar, mas para o qual não recebi nunca o apoio de ninguém, inclusive dos meus pares, a minha estranheza perante esta “política” economicista”, contrária a tudo aquilo que tem a ver com investimento em formação, em educação.
Sabem aqueles que estudam e se preocupam com estas questões, que os frutos de qualquer investimento em termos de educação, são colhidos após a consolidação de estruturas, de pressupostos, mediante uma planificação rigorosa, necessariamente aferida e avaliada.
Esses resultados demoram um tempo médio ou mesmo longo a mostrar a sua face. Pelo caminho terá sempre que ser tomada em linha de conta a competência profissional dos diversos intervenientes.
Ora, é aqui que a “porca torce o rabo”…
A Proviver E.M., define um perfil de formador, que a meu ver é contrário ao discurso oficial, pois pretende utilizar nos seus quadros, professores recém-licenciados, que já colaboram com a empresa ao nível das Actividades de Enriquecimento Curricular, de baixo custo, e quase nula experiência pedagógica.
Nada tenho contra os colegas mais novos. Não enfermo de qualquer preconceito, e só encontrei amizade e simpatia em todos eles. Mas então, deixem-se de discursos inflamados de excelência, de elogiar os quadros competentes de que dispõe, porque estes ainda estão em processo de formação, muitos não sabem sequer o que é leccionar: nunca viveram as agruras do ensino público e das suas vicissitudes, nunca integraram um Departamento, nunca planificaram uma aula. Estão verdes como este projecto.
Tenho 41 anos, trabalhei muitos anos como jornalista antes de me formar. Fartei-me de ver politiquices nestas coisas. Não sei como fui cair neste logro…
Deixo ao Coordenador “Pedagógico”, professor Luís Pereira, uma última palavra: Na vida aprende-se com os erros, e podem-se cometer todos os erros. Erros grandes e pequenos, mas cada vez menos…
Era mais ou menos isto que dizia num livro de português da minha adolescência. Espero que na tua caminhada, que és ainda um jovem, aprendas a distinguir entre trabalho e “cognac”, entre a amizade verdadeira e a interesseira, a que se esconde nos amigos de circunstância, sempre prontos para a bajulação.
Reconheço que errei em relação a ti. Não em termos de avaliação da tua personalidade, porque me pareces integro, mas por não te ter muitas vezes de forma frontal apontado os erros. A ti directamente, e não aos teus superiores, como me foi sugerido por um deles, quando a minha cabeça já estava no cepo.
Sem mágoa, mas com profunda desilusão, porque sempre estive do teu lado como sabes, desejo-te sorte.
Até ao dia em que seja a tua cabeça a rolar e percebas finalmente a minha tristeza e daquilo que estou a falar…